Diário de leitura:
O Tronco do Ipê
Ano: 2005 / Páginas: 224
Idioma: português
Editora: Ática
Sinopse via @skoob: O amor é grande. Mas, entre Mário e Alice, interpõe-se a sombra de um crime: como o pai da jovem conseguiu se tornar proprietário das terras que um dia pertenceram ao pai do rapaz? Em O Tronco do Ipê, José de Alencar conta a história de um amor envolvido em mistérios. Retrata também a decadência da região do café no Rio de Janeiro do século passado.
Para facilitar a escrita de um artigo sobre O Tronco do Ipê, manterei um diário de leitura.
O único Alencar que li foi Iracema, e admito que não gostei desse livro. Meu segundo caso com Alencar tem, felizmente, está dando mais certo. Estou gostando do livro!
O protagonista do um romance é o Mario, um adolescente feio, com "[...] sua boca ligeiramente frisada por um impertinente desdém demonstrava sua habilidade para travessuras". Esse desdém é causado por um ressentimento que o personagem tem de sua posição na fazenda, que pertencia a seu pai. Antes de começar a história, seu pai faleceu e o menino vive na fazenda de favor: ele é protegido de seus tios, mas as verdadeiras herdeiras, e centro de todos os cuidados, são as suas primas.
Mas meu personagem preferido é Benedito, um escravo que trabalha na fazenda... E a questão que me chama mais a atenção é justamente o retrato que Alencar faz dos escravos...
Há comentários como "[...] a mente simples do africano", e "[...] a linguagem simples do negro", que são trechos que me parecem bem problemáticos, mas ao mesmo tempo, esses são personagens muito importantes e contam com bastante profundidade. Os escravos que cuidam da fazenda têm muito afeto pelos filhos da casa grande, sendo inclusive figuras paternas muito mais presentes que os próprios pais das crianças...
Por isso, apesar dos trechos racistas, o autor fala da cultura africana, e torna aprofundados personagens um povo que até então era invisibilizados na literatura brasileira.
Mas meu personagem preferido é Benedito, um escravo que trabalha na fazenda... E a questão que me chama mais a atenção é justamente o retrato que Alencar faz dos escravos...
Há comentários como "[...] a mente simples do africano", e "[...] a linguagem simples do negro", que são trechos que me parecem bem problemáticos, mas ao mesmo tempo, esses são personagens muito importantes e contam com bastante profundidade. Os escravos que cuidam da fazenda têm muito afeto pelos filhos da casa grande, sendo inclusive figuras paternas muito mais presentes que os próprios pais das crianças...
Por isso, apesar dos trechos racistas, o autor fala da cultura africana, e torna aprofundados personagens um povo que até então era invisibilizados na literatura brasileira.
Um argumento de senso-comum quando se fala em representação negra racista (como naquela famosa polêmica do Monteiro Lobato) na literatura é o de que essa era a realidade da época e, portanto, o livro é um produto de seu tempo.
Argumentam que não podemos editar/apagar desses livros essas passagens racistas porque assim estaríamos apagando uma história...
Ao contrário disso: precisamos encarar essa história de escravidão.
Argumentam que não podemos editar/apagar desses livros essas passagens racistas porque assim estaríamos apagando uma história...
Ao contrário disso: precisamos encarar essa história de escravidão.
Espero que esses diários de leitura me ajudem a aprofundar aos poucos as leituras que posso fazer de "O Tronco do Ipê".
Neste primeiro levantamento de informações vi que quase não tem material no Youtube, mas tem muita coisa na blogosfera.
Encontrei um blogue muito legal (clique aqui para acessar) que resumiu o livro em "postagens-capítulos", sempre procurando ilustrá-los com imagens ou vídeos.
Neste primeiro levantamento de informações vi que quase não tem material no Youtube, mas tem muita coisa na blogosfera.
Encontrei um blogue muito legal (clique aqui para acessar) que resumiu o livro em "postagens-capítulos", sempre procurando ilustrá-los com imagens ou vídeos.
Estou na página 50.
Vamos ver o que acontece em seguida...
Vamos ver o que acontece em seguida...
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