sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O Último Reino

Pegando carona com Game of Thrones, a série "ACrônicas Saxônicas ganharam" ganhou uma versão adaptada para a TV. Sempre fui fã de Bernard Cornwell, e com a adaptação vindo aí, decidi finalmente tomar vergonha na cara e ler os livros.

Análise do livro:

                              O Ùltimo Reino


Ficha técnica:
O Último Reino
Da série "Crônicas Saxônicas" # 1
Ano: 2006 / Páginas: 364
Idioma: português
Editora: Grupo Editorial Record


Bernard Cornwell, autor consagrado de romances históricos logra em descrever ricamente imagens do período histórico representado em O Último Reino. No ano de 871, uma Inglaterra fragilizada pelas invasões dinamarquesas, mantém o que resta de seu território graças à atuação militar de Rei Alfredo, único monarca da história inglesa a receber a honra de ser chamado de "o Grande". Uma narrativa rica em detalhes surge de registros históricos da vida do Rei Alfredo, o Grande, mas Cornwell emplumou fartamente os entremeios dos grandes acontecimentos com licença poética, como devem fazer os romancistas históricos.  

Típico vilarejo do século VIII
Mas quem está no centro da história não Alfredo, mas sim o personagem fictício Uhtred, narrador que desvela ao longo das crônicas os golpes que sofre do destino. 

Um grandes triunfos do estilo Cornwelliano é a fluidez de suas narrativas, cobrindo grandes períodos de tempo em poucas páginas e pausando oportunamente para descrever momento por momento as grandes batalhas ou momentos importantes da vida cotidiana. É um deleite ler as descrições das batalhas, de festins e salões medievais.

O júbilo! O júbilo da espada. Eu estava dançando de júbilo, a alegria fervilhando dentro de mim, o júbilo da batalha do qual Ragnar falava com tanta freqüência, o júbilo do guerreiro. Se um homem não o conheceu não é homem.  

Um dos eixos temáticos das Crônicas Saxônicas é a fé. De um lado temos os deuses nórdicos, do outro a mitologia cristã. Uhtred está no centro dessa temática, enfrentando um conflito de identidade cultural: ele é um inglês patriota, mas carrega consigo o amuleto de Tor, desprezando a religião cristã. 

Parede de escudos!
Uhtred está no centro, mas não é o único personagem importante: Ragnar, Rorik, Sigrid e Thyra compõe sua família adotiva, assim como Brida, uma das minhas favoritas. Brida fala pouco, mas é feroz e inteligente. 

Apesar de tantos conflitos, o ponto de vista do autor é neutro: se Uhtred está do lado dinamarquês eu torço por eles, se ele está do lado inglês eu torço por eles. Do lado inglês, o protagonista também encontra uma família; uma esposa, um filho, estabelecendo assim, um coração partido em dois lados do conflito e as peças dessa maneira, são posicionadas para o quê tenho certeza, será uma ótima sequência em O Cavaleiro da Morte.

Nota final: 10
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Bernard Cornwell é um dos meus autores favoritos, e pretendo escrever mais sobre o autor.

So, Stay tuned!

Cheers!

Leia as outras resenhas d'As Crônicas Saxônicas:

O último reino
O Cavaleiro da morte
Os senhores do norte (em breve)

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