Rick Riordan, autor americano conta, no segundo volume da série, uma história de um menino enredado numa guerra de deuses.
Mas não é só isso: ele conta uma história sobre família e sobre identidade.
Mas não é só isso: ele conta uma história sobre família e sobre identidade.
Análise do livro:
Percy Jackson e os Olimpianos
O Mar de Monstros
Ano: 2009 / Páginas: 304
Idioma: português
Editora: Intrínseca
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Nas primeiras páginas do livro, temos um vislumbre de quem é Percy, e de quem é sua família. No resto do livro, temos ação desenfreada e complicações que envolvem o protagonista, um semideus, seus amigos e os deuses gregos.
Notem que não falei deuses da "mitologia" grega, pois mitologia implica que ninguém acredita neles.
Percy, por exemplo, acredita neles.
Afinal, ele não tem muita escolha: ele é filho de Poseidon, deus dos mares e dos lagos.
Ele não acredita, porém, que ele seja um bom pai.
Ele é um pai nada presente. Nem um "oi, tudo bem filhão" no Facebook o desgraçado manda. O seu filho sofre um ataque de monstros toda vez que vai comprar pão e nada do seu pai, um dos Grandes Três deus do panteão mandar uma ajudinha.
Felizmente ele tem anaklusmos, uma espada mágica com a qual pulveriza monstros antes que possam perguntar se no céu tem vinho (e morreu).
Oportunidade para usar a espada é o que não falta, porque o ritmo da narrativa é alucinante - Percy e seus amigos praticamente pulam de uma aventura para a outra. Mas antes do livro começar pra valer, acompanhamos um pouco da rotina mundana do protagonista. Além de sentir falta do pai, Percy é aquela criança diferente na escola.
E tudo que é diferente precisa ser martelado até entrar no padrão.
É aí que, o que parece ser um grupo de bullies revela ser um ataque de monstros, e Percy é salvo pelo personagem mais legal introduzindo em O Mar de Monstros: Tyson, seu meio-
irmão cíclope. Quando ele descobre que tem parentesco com um monstro, Percy fica ainda mais triste com seu pai. Inicialmente ele isola seu irmão, por ter inveja e querer que seu pai se faça mais presente em sua vida. O livro mostra um lado mais imperfeito de Percy quando ele considera humilhante ter um irmão cíclope. É um bom conflito emocional para temperar as matanças no mar de monstros que vem a seguir.
Considerando as profecias, o perigo constante e tudo o mais, Percy é um menino de sorte: ele tem uma mãe que o ama, os seus amigos semi-deuses, e agora um irmão cíclope, que prova ser um irmão leal e dedicado. Ele vive entre dois mundos em busca de sua identidade, e apesar dos perigos, ele se sente realmente feliz quando está no Acampamento Meio-sangue, onde os filhos dos deuses passam as férias.
No mar de monstros, eles enfrentam uma tripulação esqueleto, sereias, feiticeiras, ovelhas carnívoras e muitos mais.
Não preciso dar um resumo do livro. Há muitos desses na blogosfera afora.
Apenas concluo que, por mais que acompanhar Percy e amigos navegar o mar de monstros seja muito legal, não percebemos que o real motivo de virarmos as páginas do livro é porque nos vemos um pouquinho em Percy.
Ele representa o menino que carece da figura paterna. O menino diferente. O menino com dificuldades na escola. O menino que éramos quando tínhamos 12 anos.
Obrigado por ler!
Até a próxima!
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